O Índice da Cesta Básica de Pouso Alegre (ICB – Faculdade Unis Pouso Alegre) apresentou estabilidade neste mês de junho em comparação com maio, tendo uma leve alta de 0,30%. As elevações ocorridas nos preços do tomate, feijão carioquinha e leite integral foram compensadas pelas quedas na batata, banana e carne bovina.
Ao se considerar o período de 12 meses, entre junho de 2021 e junho de 2022, a cesta básica na cidade apresenta aumento de 26,20%. Somente neste ano de 2022 a alta acumulada já atinge 11,82%. A pesquisa ocorre através do levantamento dos preços de 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, usando como base a metodologia aplicada nacionalmente pelo DIEESE.
No início deste mês de junho, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Pouso Alegre é de R$647,87, o que corresponde a 57,79% do salário mínimo líquido. Dessa forma, o trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa dedicar 117 horas e 36 minutos por mês para adquirir essa cesta.
Entre os meses de maio e junho de 2022, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Pouso Alegre, 7 tiveram alta dos preços médios: Tomate, Feijão carioquinha, Leite integral, Farinha de trigo, Manteiga, Pão francês e Óleo de soja. Seis produtos apresentaram queda nos preços médios: Batata, Banana, Carne bovina, Açúcar refinado, Arroz e Café em pó.
Após a queda ocorrida no mês anterior, o valor da cesta básica em Pouso Alegre manteve-se estável neste início de junho. As elevações em alguns produtos foram, até certo ponto, compensadas pelas quedas em outros. Ficou evidenciado que a dinâmica dos preços dos componentes da cesta básica está mais relacionada com o comportamento da produção e das safras. A recente queda na taxa de câmbio ainda não trouxe impactos diretos para a diminuição dos preços, visto que a demanda externa ainda está bem aquecida.
Importante salientar, mais uma vez, que o acumulado de aumento no índice em Pouso Alegre neste ano (de janeiro a junho) já é maior que a correção do salário mínimo ocorrida no início de 2022, o que reforça o impacto para as famílias assalariadas. Nos próximos meses, o comportamento das safras atuais, a demanda externa e interna, juntamente com as variações do câmbio, serão determinantes para o desempenho dos preços e a variação do valor da cesta básica.
A pesquisa completa pode ser acessada clicando aqui.