O Índice da Cesta Básica de Varginha (ICB-UNIS), calculado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e GEESUL, teve alta 2,87% neste mês de junho comparado a maio. As elevações nos preços do tomate, feijão carioquinha, açúcar refinado, farinha de trigo e leite integral foram preponderantes para este resultado.
Tomando por base o intervalo de 12 meses entre junho de 2021 e junho de 2022, o valor da cesta básica em Varginha teve alta de 27,35%. Considerando somente o ano de 2022 a alta já atinge 7,99%. Os dados são levantados por meio da coleta de preços de 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, utilizando para isso a metodologia adotada nacionalmente pelo DIEESE.
No início deste mês de junho, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Varginha é de R$618,45, correspondendo a 55,16% do salário mínimo líquido. É o segundo maior valor para esta cesta de produtos desde o início da pesquisa em 2018, sendo que o valor mais alto já atingido ocorreu em abril deste ano de 2022. O trabalhador varginhense que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 112 horas e 16 minutos no mês para adquirir essa cesta de produtos.
Comparando os preços de junho com o mês de maio, é possível verificar que, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Varginha, 7 tiveram alta nos preços: Tomate, Feijão carioquinha, Açúcar refinado, Farinha de trigo, Leite integral, Café em pó e Carne bovina. Um produto manteve seus preços médios inalterados neste mês: o pão francês; e cinco produtos tiveram queda no seu preço médio: Banana, Batata, Arroz, Manteiga e Óleo de soja.
Nota-se mais uma vez que a dinâmica dos preços dos componentes da cesta básica está mais ligada com o comportamento da produção e das safras. A recente queda na taxa de câmbio ainda não trouxe impactos diretos para a diminuição dos preços, visto que a demanda externa ainda está bem aquecida.
A alta no índice da cesta básica neste mês somente não foi maior em função da estabilidade nos preços do arroz, óleo de soja e carne bovina, bem como da intensificação da colheita da banana e da batata. Nos próximos meses, o comportamento das safras atuais, a demanda externa e interna, juntamente com as variações do câmbio, serão determinantes para o desempenho dos preços.
A pesquisa completa pode ser acessada clicando aqui.